No silencio constrangedor
das paginas mortas
de um livro velho,
eu  corro para fora do verde,
corro para fora de todas as cores
que  não forem o meu azul.
Eu ouço ecos no fundo
escuto a imensidão escura
sussuros do  passado passam em segundos.
A luz fluorescente empalidece
os  eletrodomesticos agora tão funebres
A morte realmente pede carona
mas apenas para não criar calos.
Ela  me encontra nessa estrada comprida
e tediosa com minha monotonia.
Parte  o resto de sua ardua caminhada a pé.
Os céus de um velho mundo trovejam,
castelos já cairam através da  imensidão.
A lágrima que chega a beirada dos olhos brilha
e não  cai, igualmente a chuva.
Imagens se sobrepoem em uma mente insana,
as palavras que  simplesmente não saem,
os sentimentos que lacram e implodem em seu  peito
antes alvo de temiveis chacotas
Você poderia dar mais um passo,
poderia subir mais um degrau
sem  um tombo performatico
que o levará a quebrar dois dentes e sangrar  pelo nariz
Você riria de sua própria estupidez
com a boca cheia de sangue
e o  fracasso em seus pés sujos
Você sorriria com a inocância da infância,
tão fétido que nem os  vermes lhe quereriam
pudera ao menos lavar sua alma
pobre demônio
que  sem encantos viveu escondido
na caverna mais escura
vivendo de  pequenos insetos
Sim,os castelos ruiram
reinos contruiram sua gloria
e com um  relampago no céu
foram dizimados.
Mas isso não teve nada a ver com você
e sua vidinha mediocre
escondido  em sua caverna familiar
cobrindo-se maltrapilho.
Você consegue algo mais além de blasfemar
e achar que o mundo gira em  suas orbitas?
Seus olhos borrados não conseguem ver nem mais o  horizonte
e a maquiagem borrada só mostra
o que você sempre foi.
Seguindo adiante
fantasiado de pessoa real
Imitando alguém real
Você  tenta apenas coexistir.
 
Maurício, foi você que postou? Tá liiindo! E obrigada! :)
ResponderExcluirconhecia esse
ResponderExcluirgosto
ResponderExcluirSegunda-feira é dia de vestir a "fantasia de pessoa real" nossa de cada dia. Muito bom.
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