quinta-feira, 15 de julho de 2010

Capuz preto

Meus caros amantes do colchão,
Só há um bendito e verdaderio covarde
Que nosso espaço invade sem permissão.
Bandido, rouba a melhor coisa: O tempo vivido.
Não se deixe dominar ao fechar a janela da vida,
Por que secar ao luar se pode virar a noite em dia?
Assista, seu tempo esvair-se entre fronhas e colchão,
Mil coisas você faz, com certeza, à fazer um milhão.
Resista, seja ator e não platéia, motivo e não palmas,
Aproveite a vida, não se abandone junto a aurora
Mesmo sendo um quarto do dia este tempo já fora.

O sono é ilusão!
Corpo e a mente funcionam: pulmão bate, coração respira
E o sangue circula em ambos sem fechar os olhos,
Por que só eu finjo-me tonto nesta inerte escuridão?
Quero cantar os sonhos tidos e ouvir meu íntimo.
Não tente me convencer do conhecido,
Descanso não é preciso, tenho dito a este sono maldito!

Quando ele chega eu tento,agüento,
Mas por fim...  Lamento...
Capuz preto, traiçoeiro
Vem...Roubar-me...
O que de mais...
Precioso...
Tenho...
Zzzz

















Poema vencedor do 9º Concurso Literário de Crônica, Conto e Poesia da Academia Criciumense de Letras.

2 comentários: