sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mais estranha do que as sensações estranhas normais. Girar e girar, subir e descer, sem chegar a lugar algum. Vertigem de carrossel na cabeça de meia criança inteira. Arrepio numa ferida viva. Cicatriz amarela de uma tarde nublada. Música de uma história que não se quer contar. Alguém querido e, vento. Muito vento no embaraçar de cachos virgens, de uma apatia escondida atrás da orelha no ranger do velho. Não poder conter-se e restar apenas chorar. Lágrimas coloridas. Algo difícil. Uma queimação no dedo mingo do pé. Estar livre. Sentir-se assim, leve. Naquele curto espaço de tempo, instantes mágicos, onde nada pode abalar, onde a vida é bela. Fechar os olhos, estar segura. Não ter medo, nem nada.
Luiza Cerávolo

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