O tamanho exato que tem a lua
Eu medi nos olhos apagados
Que o mendigo mais cansado abriu
Só para ver o céu ir embora
Sei que mede mais que uma pupila
E hora ou outra trepida e alaga
Enche duma lágrima salgada
Que eu imagino por fome
E a lua se mantém exata
Inabalada, sustentada no negrume
Num pretume ensurdecedor
Que não diz nenhuma palavra
Ai dá uma ou duas respiradas
Coisa profunda, que enche o peito
Bonito como cinema
Parecia coisa gravada, até bati palmas
E morreu, obviamente fechando a lua
Escondendo entre pálpebras a noite mais linda
O céu menos estrelado, porém mais luado
E me sobrou um corpo estendido, reapagado
Ps.: Um convite pra todos vcs... http://abreparenteses.blogspot.com/ ... e boas festas povo!
"Bonito como cinema"
ResponderExcluir=D
Realmente poético. Afinal, a Lua é a madrinha da poesia né? Refletida em pupilas , então...Visitei o "Abre/Fecha Parenteses, mas gostei mais deste aqui. Abraço.
ResponderExcluirGostei mais desta poesia, ok?
ResponderExcluirLucas, coloca teu link na lista de blogs!
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